A senadora Simone Tebet (MDB-MS) assumiu, há pouco, o cargo de
ministra do Planejamento. O ministério foi recriado pelo presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT). Na gestão anterior, de Jair Bolsonaro (PL), a
pasta fazia parte do Ministério da Economia, que foi desmembrado.
Em discurso, Simone Tebet disse que os pobres serão tratados com
prioridade no orçamento público. “Os pobres estarão prioritariamente no
Orçamento público. A primeira infância, idosos, mulheres, povos
originários, pessoas com deficiência, LGTBQIA+. Passou da hora de dar
visibilidade aos invisíveis. Tem de abarcar todas essas prioridades, sem
deixar de ficar de olho na dívida pública”, afirmou.
Ela acrescentou que o governo vai colocar o “brasileiro” no
orçamento, sem descuidar da responsabilidade fiscal. “Nosso papel, sem
descuidar da responsabilidade fiscal, da qualidade dos gastos públicos, é
colocar o brasileiro no orçamento”, afirmou.
Ela agradeceu a Lula pela nomeação e disse que estava assumindo um
dos ministérios “mais importantes” do governo. “Gratidão a Deus, ao
presidente Lula pela confiança absoluta de entregar a mim uma das pastas
mais importantes, relevantes do governo, do seu governo, do nosso
governo, governo do PT e da frente ampla democrática. Ministério do
Planejamento trata do futuro, mas também do presente”, disse.
Simone contou que, antes do Natal, recebeu um envelope de Lula, mas
que o presidente disse a ela para não abri-lo naquele momento. Ela
afirmou que, passado o Natal, abriu o envelope e viu o convite para
assumir o Ministério do Planejamento.
A senadora afirmou que disse a Lula ter “divergências econômicas” com
os demais integrantes da equipe, como o ministro da Fazenda, Fernando
Haddad. Na visão dela, o petista não encara isso como um problema.
“Eu disse: ‘presidente, nessa pauta [de economia], eu, Haddad,
Alckmin, Esther, nós temos divergências econômicas’. Lula me ignorou,
como se dissesse: ‘é isso que eu quero. Sou um presidente democrata.
Quero diferentes para somar, pois assim que se constrói uma sociedade
democrática'”, declarou Simone.
A ministra disse ainda que a secretaria de monitoramento e avaliação
de políticas públicas fará parte da pasta que chefia. A ideia é
trabalhar em parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU) avaliando o
custo-benefício das políticas públicas para evitar desperdício de
dinheiro. “Pior do que gastar dinheiro é gastar mal”, afirmou.
Ela também fez críticas à gestão anterior, do presidente Jair
Bolsonaro. “Em retirada, o capitão e sua tropa deixaram para trás
sementes de destruição. Com o presidente Lula e a frente ampla, vamos
avançar. Plantar boas sementes porque o brasil sempre foi terra fértil”,
disse.
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