A imagem escolhida pelo presidente é a de uma falsa entrevista transmitida no programa Domingo Legal, do apresentador Gugu Liberato (1959-2019).
Em 2003, o programa de Gugu exibiu falsos integrantes do PCC fazendo ameaças contra personalidades —caso que se converteu na principal mancha na carreira do apresentador.
Associar o Partido dos Trabalhadores ao PCC, incluindo notícias falsas e descontextualizadas, é uma estratégia já utilizada por bolsonaristas.
Em 20 de agosto, a ministra do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Maria Claudia Bucchianeri negou um pedido da campanha de Lula para que Bolsonaro fosse obrigado a excluir postagens em que liga o petista ao PCC.
Bolsonaro postou em suas redes sociais um vídeo com reportagem da TV Record que mostrava um áudio de integrante da facção, captado em interceptação telefônica feita pela Polícia Federal na Operação Cravada.
A ministra argumentou que não fez juízo de valor sobre a gravação, se era verdadeira ou não. No entanto, sustentou que o áudio foi efetivamente objeto de reportagens jornalísticas recentes e ano passado, sendo que jamais foram desmentidas.
“É simples: não sou eu, mas o próprio crime organizado que demonstra enxergar o PT como aliado ao reclamar do meu governo, que tem quebrado recordes de apreensão de drogas e prejuízos às facções, e admitir ter saudades dos diálogos cabulosos com os petistas. Resolvam com o PCC!”, escreveu Bolsonaro após a decisão.
O PT, por sua vez, pedia a retirada das postagens alegando que se tratava de propaganda eleitoral antecipada negativa e desinformativa.
Além disso, argumentava que as postagens configurariam “narrativa maliciosa e desinformativa que teria o objetivo de traçar algum vínculo entre o pré-candidato à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva e a organização criminosa denominada Primeiro Comando Capital, também conhecida como “PCC””.
Já em julho, o ministro Alexandre de Moraes, hoje presidente do TSE, determinou a remoção de notícias falsas que relacionam a facção criminosa ao partido de Lula e ao assassinato de Celso Daniel em 2002.
Blog do Magno
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