*Por Paulo Farias, em artigo enviado ao blog de Jamildo
A eleição para o Senado é sui generis. É majoritária, mas elege um parlamentar, no caso, um Senador da República.
O deputado federal representa o povo, já o senador representa os Estados e o Distrito Federal. Por isso, temos 81 Senadores, sendo 3 por cada ente da Federação.
Nessa eleição de 2022, elegeremos apenas 1 senador. Na próxima, em 2026, elegeremos 2.
Portanto, uma chapa majoritária deve ter um certo equilíbrio na força de seus componentes.
Em política e eleição só se inventa quando a situação é tão favorável que se ganha com qualquer um, o que não será o caso das eleições majoritárias de 2022, em Pernambuco.
De logo, não vejo outro nome com peso, dimensão
política e eleitoral para o PT indicar para o Senado, senão o da
deputada Marília Arraes.
A deputada estadual Tereza Leitão e o deputado federal Carlos Veras são meros desconhecidos e pouco acrescentam à chapa, puxando-a para baixo. Ai onde mora o perigo.
Quem quiser subestimar, que subestime, porém não tenho dúvidas que qualquer candidato a senador apresentado pelo presidente Bolsonaro em Pernambuco passará de 20% dos votos válidos, podendo com essa votação sair consagrado das urnas.
Acho que na composição da chapa majoritária encabeçada pelo Partido Socialista Brasileiro não cabe outro nome para ocupar a vaga de candidato ao Senado pelo PT senão o da deputada Marília Arraes.
Marília daria dimensão e sua pujança eleitoral ajudaria a eleger o governador.
Marília tem votos, é conhecida em todo Estado, é neta de um dos maiores ícones da esquerda brasileira, que é o nosso saudoso presidente de honra do PSB, Miguel Arraes.
Qualquer outro petista de menor expressão ocupando essa vaga será um risco desnecessário, numa eleição que não está ganha.
Mesmo se o governador do PSB sair vitorioso, correrá o sério risco do senador indicado e apoiado por Bolsonaro sair eleito por Pernambuco.
Pé no chão, bom senso e humildade são elementos essenciais para o sucesso nas urnas e espero que ele venha.
O que sei é que não teremos na cabeça da chapa majoritária do PSB, um candidato com a força de um Miguel Arraes, que foi capaz de arrastar o desconhecido Mansueto de Lavor e Antônio Farias, como seus senadores, contrariando todos os prognósticos.
Com todo o respeito, em 2022, não termos santos nem muito menos andor. De logo, a tese do andor não vigorará!
*Paulo Farias do Monte é advogado e suplente de vereador pelo PSB no Cabo de Santo Agostinho.
Deputado Federal Ricardo Teobaldo |
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